Segundo dados da demografia de gênero dos advogados no Brasil, as mulheres são representadas por 501 mil dos 1,041 milhão de inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e, a tendência, com base no avanço da participação feminina, é que elas se tornem maioria na categoria. Estima-se que em 2020 o número de mulheres advogadas supere o de advogados no país.
“Em um ambiente com predominância masculina em posição hierárquica, cabe à mulher advogada o papel de enfrentar esta realidade, desconstruindo os estereótipos estéticos impostos, fazendo valer seus direitos no exercício da profissão e seus conhecimentos para que não aceite simulações, exploração e valorize seu trabalho”, enfatiza Rita Soares, advogada e sócia do escritório Pinto & Soares Advogados Associados.
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Myrthes Campos
Nascida na cidade de Macaé (RJ) em 1875, Myrthes Gomes de Campos foi a primeira mulher a exercer o Direito no Brasil. Bacharelou-se em 1898 pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro e, em 1899, entrou para a história como a primeira mulher a atuar no Tribunal do Júri. Após sete anos de lutas, em 1906, Myrthes passou a integrar as fileiras Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros (IOAB). Sua trajetória foi marcada no campo da jurisprudência a favor da liberdade feminina por meio do voto e da emancipação jurídica da mulher.