20 de novembro: Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra

Por meio da Lei nº 10.639 (Art. 79-B), de 9 de janeiro de 2003, o Estado brasileiro determinou a inclusão da temática: “História e Cultura Afro-Brasileira” no calendário escolar. Em 10 de novembro de 2011,  o “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra” foi oficializado pela Lei nº 12.519, passando a valer em todo território nacional, cabendo aos estados e municípios decretarem ou não feriado.

O dia

Faz alusão a Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência à escravidão e líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. Em 20 de novembro de 1695, após longos e intensos anos de confrontos sangrentos e perseguições, Zumbi foi capturado e brutalmente assassinado aos 40 anos de idade.

A luta

Contra a discriminação (racismo); por respeito, igualdade e inclusão social continua, assim como a busca pelo reconhecimento da cultura, religião e tradições afro-brasileiras.

Dados da desigualdade 

  • Mercado de trabalho: 64% dos desocupados são pretos ou pardos;
  • Pretos ou pardos recebem 73,9% menos que brancos, independentemente do nível de instrução;
  • Moradia: 44,5% dos pretos ou pardos vivem em domicílios com a ausência de pelo menos um serviço de saneamento básico;
  • Violência: pretos ou pardos têm 2,7 vezes mais chances de ser vítima de homicídio do que brancos;
  • Taxa de analfabetismo de pretos ou pardos diminuiu de 9,8% (2016) para 9,1% (2018), mas ainda é maior que a de brancos (3,9%);
  • Representação política: apenas 24,4% dos deputados federais, 28,9% dos deputados estaduais e 42,1% dos vereadores eleitos são pretos ou pardos.

55,9% da população brasileira é constituída por pretos ou pardos (Fonte: IBGE)

Grande vitória

Segundo dados publicados no informativo: “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil“, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de pessoas pretas ou pardas (que compõem a população negra) cursando o ensino superior em instituições públicas brasileiras chegou a 50,3% em 2018. Esta é a primeira vez que os pretos e pardos ultrapassam a metade das matrículas em universidades e faculdades públicas.

 

 

 

 

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